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Resultados

Variedades Feijão Cutelinho

As análises de diversidade genética determinaram que todas as variedades em estudo eram geneticamente distintas  (Figuras1, 2 e 3) . Paralelemente identificou-se 523 genes únicos do feijão cutelinho (Tabela 2), dos quais 13 estão relacionados com respostas ao stresse osmótico (Tabela 3). Destes 13 genes foram selecionados dois marcadores moleculares (SSR) com comprovada resposta chave ao stresse osmótico, aquaporin (c19090_g1_i1) e calmudolin (c12608_g1_i1) (Figura 4). Em conjunto com os resultados obtidos nos parceiros, verificou-se que a variedade Rongai (RG) tem uma melhor resposta ao stresse osmótico do que a Highworth (HW), no entanto são as duas variedades que tem melhor resposta germinativa face a um regime de sequeiro, para além de serem as que apresentam melhor resposta fotossintética. O resultado do perfil de ácidos gordos assim como o valor nutritivo de ambas variedades (Figura 6), revelaram que a HW é mais adequada para o consumo humano, enquanto a RG mais adequada para a produção de forragem.

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Rotação com Feijão Cutelinho melhora a qualidade nutritiva do solo, num só ano!

Rotação com feijão cutelinho ofereceu uma melhora da qualidade nutritiva do solo, nomeadamente de NO3, K2O e de matéria orgânica. No parceiro SAPVA (Figura 7) verificou-se um aumento de 45% de NO3, de 10% de K2O e 22% em matéria orgânica. Já no parceiro BENAGRO (Figura 8), verificou-se um aumento de 45% de NO3, de 8% de K2O e de 94% em matéria orgânica, quando o uso do feijão cutelinho como adubo verde, independentemente da variedade em estudo. No entanto, o feijão cutelinho revelou-se exigente em fósforo, o que promoveu um decréscimo de 33% em P2O5 no parceiro SAPVA (Figura 7) e de 19% de P2O5 no parceiro BENAGRO (Figura 8). A diferença observada entre os dois parceiros deveu-se a uma adubação de fundo realizada pelo parceiro SAPVA, que não foi realizada pela BENAGRO.

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Feijão cutelinho em rotação, em sequeiro e em terrenos marginais é uma mais-valia

Os ensaios realizados concluíram que o feijão cutelinho apresenta uma valiosa potencialidade para agricultores com interesse em produção de forragem e de matéria verde para uma rotação durante primavera/verão ou outono/inverno, ou para a reabilitação de solos marginalizados. Em rotação a incorporação de matéria verde proveniente da cultura do feijão cutelinho oferece uma significativa melhoria na fertilidade do solo. Essa melhoria verifica-se com um único ciclo de produção com a cultura de feijão cutelinho. As necessidades culturais do feijão cutelinho são mínimas, que se resume a uma monda no início do ciclo. Depois dessa monda inicial a cultura desenvolve-se prolificamente resultando em aproximadamente 45,3 ton/ha ± 3,2 de forragem para a variedade HW e RG só com um corte e sem rega. Após esse corte a planta resume o seu crescimento vegetativo produzindo matéria verde em abundância para incorporar no terreno e melhorar a sua fertilidade ou se for do interesse do agricultor, obter uma segunda produção de forragem com um segundo corte. As análises à qualidade nutritiva da forragem do feijão cutelinho demonstram que esta cultura oferece uma forragem com valor proteico elevado e alta digestibilidade, ideal para ruminantes.

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